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montesclaros.com - Ano 25 - quinta-feira, 2 de maio de 2024
 

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Mensagem: Contabilistas estão envolvidos com a Máfia do Imposto de Renda em Moc - Girleno Alencar - Montes Claros - A “Máfia do Imposto de Renda”, que vendia recibos, principalmente de odontólogos, em Montes Claros, para fraudar a declaração do Imposto de Renda, era comandada, na sua maior parte, por escritórios de contabilidade, com muitos contabilistas e técnicos sendo mentores do esquema, que fraudou aproximadamente R$ 10 milhões no Norte de Minas. A maioria dos recibos fraudados era de odontólogos. Porém, o que despertou a atenção da Polícia Federal é que foi utilizado o CPF de um motoboy para a emissão de recibo como fisioterapeuta e de uma esteticista como psicóloga. O depoimento da esteticista e ainda o exame grafotécnico comprovaram que ela teve seus dados usados para que a fraude pudesse ser cometida. O moto-boy já morreu. Mas as investigações poderão revelar se depois da morte dele foi emitido mais algum recibo. Quinze por cento dos recibos envolvem a esteticista e o motoboy. O delegado Cristiano Lessa Ladeira, chefe da Delegacia da Polícia Federal em Montes Claros, afirmou que surgiram novos casos e, por isso, outros inquéritos deverão ser instaurados e novas pessoas ouvidas. A identidade dos envolvidos está sendo mantida em sigilo. O delegado disse que, em depoimento na Polícia Federal, os mentores negaram qualquer participação na fraude. Eles deverão ser chamados para serem ouvidos em outros inquéritos. O Ministério Público Federal denunciou dez envolvidos na Justiça Federal em Montes Claros. O esquema de fraude foi descoberto pela Receita Federal, que suspeitou da grande quantidade de recibos usada na declaração do Imposto de Renda e confrontou os dados, comprovando a irregularidade. Muitas pessoas beneficiadas com o recibo ainda tentaram provar que haviam feito o tratamento. Os casos foram enviados ao Ministério Público Federal e à Polícia Federal, que comprovaram a atuação da máfia. Mesmo com o esquema desbaratado, os envolvidos ainda cometem infração. O delegado Cristiano Lessa Ladeira afirma que além dos mentores da máfia, que são pessoas de escritórios de contabilidade, o caso envolve mais de 900 pessoas que pegaram os recibos falsos para declarar Imposto de Renda. Ele revela que são contribuintes de todos segmentos da sociedade, e que há ex-vereadores envolvidos. Os casos ocorreram com maior intensidade entre 2000 a 2003 e, desde 2005, a Polícia Federal iniciou as investigações. Existem casos de recibos completamente fraudados, sem que tenha ocorrido o tratamento; outros de valores superfaturados, em quantias infinitamente superiores, e que foram desmascarados quando houve o cruzamento da movimentação financeira dos envolvidos. Noventa por cento dos casos fraudados são de Montes Claros, e o restante são de outras cidades do Norte de Minas. Nas quatro denúncias oferecidas pelo Ministério Público Federal em Montes Claros, entre os dias 30 de abril e 4 de maio, haviam três médicos e um técnico em manutenção mecânica, que inseriram informações falsas relacionadas a gastos com saúde em suas declarações do Imposto de Renda. Posteriormente, eles tentaram ludibriar a Receita, apresentando recibos falsos para tentar comprovar a existência de tais despesas. Também foram denunciados um médico, três psicólogas e duas fonoaudiólogas que emitiram recibos falsos. De 2008 até hoje, somente na Justiça Federal em Montes Claros, foram oferecidas 21 denúncias contra profissionais liberais e contribuintes em razão desse crime. Outras denúncias deverão ser oferecidas, já que, apenas em 2008, o MPF requisitou a instauração de 70 inquéritos para apurar fatos semelhantes.

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