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montesclaros.com - Ano 25 - terça-feira, 23 de abril de 2024
 

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Mensagem: Montes Claros terá sismógrafos em julho - Girleno Alencar - Montes Claros - Os constantes tremores de terra que estão ocorrendo em Montes Claros, numa média de um por semana ou por quinzena, levaram o Observatório Sismológico da Universidade de Brasília a decidir instalar, até o final de julho, sismógrafos na cidade, visando descobrir as causas dos fenômenos, principalmente as suspeitas de que sejam consequência das explosões nas pedreiras. A UnB passou a desconsiderar tremores de menos de dois graus, para não criar alarde. A viabilização desta iniciativa somente ocorreu depois de mobilização realizada pelo HOJE EM DIA, pois os técnicos de Brasília não estavam conseguindo se articular com as lideranças da cidade. O jornal promoveu contato do geólogo Paulo Alberto Alessandreti, inspetor modal do Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura, único especialista nesta área no Norte de Minas, e do coronel reformado do Exército, Marco Antônio Pádua Melo, diretor de Segurança Pública da Secretaria Municipal de Defesa Social, com os técnicos do Observatório Sismológico. Com isso, foram iniciados os estudos sobre os constantes tremores de terra. O Observatório Sismológico de Brasília registrou oficialmente onze tremores de terras, de 15 de dezembro de 2008 até 19 de abril deste ano, no Norte de Minas, sendo que seis deles ocorreram em Montes Claros. No dia 15 de dezembro foram 2,3 graus, enquanto no dia 17, de 2,1 graus. Em 2009, em 8 de janeiro, foi de 1,8 grau; em 15 de janeiro, de 2,2 graus; em 1 de fevereiro, de 1,3 grau, e em 2 de fevereiro, de 2,4 graus. Os outros casos no Norte de Minas foram no dia 18, em Capitão Enéas, com 1,1 grau, às 9h28, e 2,5 graus, às 12h7. No dia 9 de março foram 2,4 graus em Juramento; no dia 19 de março, de 1,8 grau em Água Boa, na zona rural de Claro dos Poções, e por fim, em 19 de abril, de 2,2 graus em Itacarambi. Os técnicos ficaram preocupados com Itacarambi, onde em 8 de dezembro de 2007 ocorreu um tremor de 4,9 graus, que provocou a morte de Jesequeli Oliveira, de apenas 5 anos. Primeira morte do tipo no Brasil. O analista Daniel Faria Caixeta, do Observatório Sismológico, salienta que o primeiro tremor de terra registrado oficialmente em Montes Claros ocorreu em 1978. Em 1999, ocorreu novo caso, que chegou a 3,5 graus. Ele lembra que nenhum dos casos foi estudado pela comunidade acadêmica. Entretanto, estão ocorrendo tremores com maior frequência, seja uma vez por semana ou uma vez a cada 15 dias. Por isto, ele recomendou que se fizesse uma vistoria em residências dos bairros da cidade. Pediu ainda um estudo mais aprofundado sobre os tremores de terra, e que se ministrasse curso de formação em terremotos para os professores das escolas da cidade. ´Agora, vamos instalar uma estação de sismologia em Montes Claros, para ter melhores resultados”, salienta Caixeta. Os tremores de terras que ocorreram no Norte de Minas foram alvos de estudos até mesmo internacionais. O caso de Caraíbas, em dezembro de 2007, foi discutido no Congresso Internacional de Geociências, realizado na Europa. Na ocasião, os pesquisadores brasileiros levaram os seus estudos realizados no local. Explosão em pedreira A Prefeitura de Montes Claros solicitou ao 55º Batalhão do Exército, sediado em Montes Claros, o plano de fogos em pedreiras e minas existentes na cidade. Uma forma de verificar se os tremores de terra que foram registrados pelo Observatório Sismológico de Brasília coincidem com os momentos das explosões de dinamites. O coronel Marco Antônio Pádua Melo, diretor de Segurança Pública e ex-comandante do Batalhão do Exército, disse que depois de receber o relatório emitido pela Universidade de Brasília, mandou fazer estudos recomendados, como os impactos causados nas residências e imóveis próximos, e avaliar como estão ocorrendo as explosões nas pedreiras. “Temos interesse de saber a situação dos tremores de terra em Montes Claros, para adotar as medidas necessárias”, disse. Na última quarta-feira, o diretor municipal manteve contato com Daniel Faria Caixeta, do Observatório Sismológico de Brasília, quando passou a adotar as medidas cobradas. “O técnico reconhece que a situação dos tremores em Montes Claros é preocupante, pois eles ocorrem de forma periódica. Porém, ele considera remota um grande tremor de terra. As medidas preventivas serão adotadas para casos de urgência”, diz Pádua Melo. Desde sua posse, em janeiro passado, ele montou o projeto de Defesa Civil em Montes Claros, que passa pela criação da Subsecção de Engenharia e Monitoramento Sismológico, para atender estas demandas. O geólogo Paulo Alberto Alessandreti, único especialista nesta área no Norte de Minas, afirma que desde janeiro passado tem buscado instalar um sismógrafo em Montes Claros, mas esbarrava nas dificuldades, pois o equipamento custa R$ 15 mil. Como inspetor da área de geologia e minas do Crea no Norte de Minas, ele tem estudado os tremores de terra na região, para encontrar uma resposta. Na tarde de quarta-feira, manteve contato com o Observatório Sismológico de Brasília, quando recebeu as orientações para ser instalada uma estação de sismologia na cidade.

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