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montesclaros.com - Ano 25 - quinta-feira, 16 de maio de 2024
 

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Mensagem: É PRECISO REPENSAR A EXPOMONTES Luiz Ribeiro Em relação à Exposição Agropecuária, há dois anos, aqui mesmo neste espaço, tentei alertar aos promotores sobre os riscos que vinha tomando o evento. Para falar da questão, é preciso avaliar o que realmente está acontecendo como evento, com o espírito desarmado, sem a intenção de atingir pessoas. A verdade precisa ser considerada para uma reflexão e garantir a permanência de um grande evento, que projeta Montes Claros no cenário estadual e nacional. Há algum tempo que a exposição agropecuária deixou de ser “a maior festa da cidade”, ganhando conotação estritamente comercial. Será que isso é intencional? Parece que não, até porque o evento é realizado diante de concessões fiscais e apoio do Poder Público, baseado justamente no seu “retorno para a comunidade”. Os shows foram terceirizados. As barraquinhas mais simples desapareceram do parque João Alencar Athayde. De lá, foram retiradas coisas de nossa cultura como a “maçã do amor”, “cocada baiana”, de churrasco de carne de sol, coisas simples, mas que revelam nossa cultura e levavam as pessoas para dentro do parque. Hoje, as guloseimas típica da região podem ser encontradas, para nos arredores do parque, de forma improvisada, em espaço público. Dentro do parque, de entretenimento para a família inteira só restou o parque de diversões (pago). Mas, o maior impassse mesmo ocorre em relação aos shows. As apresentações foram terceirizados. E as firmas promotoras de evento não tem outro objetivo, a não ser o lucro – e não estão erradas, pois toda empresa tem como objetivo o lucro -. O problema é que os shows das exposições agropecuárias foram criados simplesmente como um instrumento adicional para levar mais gente às feiras, para que as pessoas da cidade – principalmente as novas gerações - conheçam a produção agrícola e passem a valorizar o homem do meio rural entender que a comida que chega à sua mesa vem do campo, produzida com muita luta, diante de todo tipo de dificuldade. Se é show para dar lucro, que seja realizado em outra época. Para isso, o parque de exposição fica praticamente ocioso o resto do ano. De uns tempos prá cá, o aspecto dos espetáculos com o objetivo de atrair publico para “prestigiar” os estandes e conhecer os produtos expostos foi completamente esquecido. São promovidos shows que começam uma hora da manhã. Quem vai lá, vai ver show. E Só. Não está nem aí para os estandes - e muito menos para os exemplares das raças ali expostos. Isso ficou tão evidente que os estandes e pavilhões são fechados por volta das 21 ou 22 horas. Como os espetáculos nunca começam antes da meia-noite, o “grande público” dos shows só chega ao parque depois que os estandes estão fechados. Nem tomam conhecimento da exposição. Chegou ao ponto do dirigente de uma empresa que, tradicionalmente, era mostrada na exposição de Montes Claros, revelar que não participa mais da feira, pela absoluta falta de visitas aos seu estande. Resumindo: o custo/benefício não compensa. Definidamente, show para dar lucro –, tendo que atender todo tipo de exigência dos artistas nacionais – não combina com a finalidade primordial das exposições agropecuárias. Mas, no caso da Expomontes tem outro agravante. Segundo um promotor de eventos, a empresa terceirizada, que contrata os shows, é obrigada a repassar cerca de 4 mil credenciais para os organizadores da exposição. Sua conclusão: “com isso a elite, que quem pode pagar, não paga” e a empresa terceirizada é obrigada a bancar o ônus. Mas, neste ano, pelo que se verificou, muita gente, mesmo não pagando, preferiu ficar em casa a assistir as atrações da Exposição. Que isso sirva de alerta para que a exposição agropecuária, outrora “a maior festa popular do Norte de Minas”, seja repensada. Com certeza, as pessoas que estão na organização da exposição gostam de Montes Claros e não querem que a festa venha acabar para se reduzir simplesmente a uma feira agropecuária. Sem o povo, não tem festa.

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