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montesclaros.com - Ano 25 - segunda-feira, 29 de abril de 2024
 

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Mensagem: CACHOEIRA DO PAGEÚ

Localizada no Médio Jequitinhonha, esse rincão de meu Deus, terra de Zé Maria Padre e na época dos fatos, tinha como delegado de polícia nomeado politicamente o nobre cabo eleitoral da situação Clemente de Carvalho.
Imperava pelas ruas, por força da proteção política e pelo poder da riqueza dos fazendeiros uma turba de rapazes notívagos, notáveis pela baderna que faziam na urbe. A autoridade policial de calça curta mandou confeccionar uma placa de advertência aos baderneiros, que foi posta em praça pública.
Sabedor do dito de Rudyac Kiplin que: os safados foram pares e trincas, na placa estava escrito: A partir de hoje, fica expressamente proibido a formação de grupo com mais de um.
Já Aderbal de Zenóbia, conhecido 171 da roça, procurava seu compadre Ozório, para conseguir mais um aval em um papagaio (nota promissória). Ficou sabendo que o mesmo se encontrava apanhando areia no rio Inhaúma em Pedra Azul. Para lá se dirigiu para aplicar o golpe.
Chegando ao rio e vendo o compadre otário desatolando o caminhão em um banco de areia, de longe gritou já fazendo o seu agá no meio do campo: Oi cumpadre! Está atolado! O compadre respondeu em cima da bucha: Me dê logo o papagaio prá assinar que eu vou me atolar é agora, seu F.D.P.!
Gino de Barros, notório e sinistro morador da Cachoeira, um brutamontes, trabalhador rural, conhecido nos comentários à boca pequena como ‘O Anjo das Mortes’, ignorante que nem uma égua parida, alcoólatra, manco da perna esquerda, tendo o joelho do mesmo atrofiado e agigantado, parecendo um aríete.
Para ganhar um bom dinheiro era contratado para praticar a eutanásia em pacientes terminais ou portadores de doenças incuráveis, o que não o impedia de fazer o serviço em pacientes ricos a pedidos de herdeiros, desde que o mesmo se encontrasse doente e acamado.
Ficava de vigília e na calada da madrugada da roça apertava o joelho no abdômen da vítima o sufocando com um travesseiro enquanto vociferava entre dentes: morre logo seu F.D.P. Quando a vítima batia a caçoleta ele comemorava baixinho: missão cumprida!
Já Delizão quando enchia o pandú de cachaça arrastava o traseiro no chão, quebrava o pau nas ruas do lugarejo, batia em velho e em quem lhe apetecesse. Prá prendê-lo telefonava-se para a vizinha cidade de Pedra Azul de onde vinha uma patrulha policial para poder conte-lo.
Numa dessas, a patrulha chamada conduzida em uma viatura veio entrando na cidade pela Pirambeira, a rua do fovôco e como não conheciam o Delizão, por se tratar de policiais recém-transferidos para o destacamento daquela cidade, pararam o próprio na via e perguntaram aonde encontrar o Delizão para prendê-lo.
Mão na roda! Delizão respondeu na bucha: O tal Deli, está deitado em uma espreguiçadeira na porta de sua casa na rua de baixo, virando à direita. Na dita rua, quem estava sentado era Deli Guimarães, seu homônimo e prefeito da cidade.
Enquanto se esclarecia o disse por não disse, o Delizão se escondeu na casa de Chico Tatu, marido de dona Dila do cuscuz.

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